julho 22, 2010

Rapidinhas

·         O COPOM decidiu elevar em 0,5% a taxa SELIC nesta reunião levando a taxa básica de juros do país atingir 10,75% ao ano...

·         O saldo do fluxo cambial está se contraindo: até o dia 16 deste mês mais de R$ 2 bilhões saíram do país. Desse total 90% foram de saída financeira...

·         O estoque de petróleo dos EUA quebrou a seqüência de quedas e subiu 0,1% na última semana...

·         As maiores petrolíferas mundiais estão criando um sistema de controle de vazamento emergencial de alta adaptabilidade e rapidez para ser aplicado em operações de águas profundas...

·         Ben Bernanke não ajudou ontem quando deixou o mercado sem uma visão de uma linha nítida de atuação futura ao mencionar uma previsão econômica incerta...

Bolsas em Alta

O dia começa com um bom humor não visto há bastante tempo no mercado. As principais bolsas mundiais e futuros norte-americanos apresentam excelentes ganhos já no início do dia. Os analistas explicam as altas com os novos indicadores econômicos apresentados na Europa. Novos dados mostram que o setor industrial e de serviços cresceram inesperadamente no último mês na Zona do Euro. Ainda para os analistas os preços tem se sustentado devido aos recentes resultados corporativos vindo acima da expectativa. No Brasil a decisão do Banco Central em elevar a taxa SELIC em 0,5% contra a expectativa de 0,75% do mercado, pode levar a bolsa brasileira a subir já que uma taxa de juros menor pode estimular o crescimento da economia. (by ADVFN - http://br.advfn.com/)

julho 20, 2010

Perpectivas

O Copom inicia hoje sua reunião e deve anunciar amanhã sua decisão sobre a taxa de juros. A expectativa de economistas do mercado é de um aumento de 0,75 ponto percentual, o que elevaria a Selic para 11% ao ano. No entanto, dados de inflação e de atividade menores do que o esperado e os sinais de desaceleração global aumentam as chances de uma alta menor na taxa, de 0,50 ponto percentual.

Pessoal, precisamos encarar este aumento com outra visão. A inflação esta controlada, apresentando índices conservadores e até negativos em algumas regiões. Este aumento na Selic serve para financiar os gastos do governo, que novamente mostram descontrole e total déficit. A taxa Selic não irá cair e muito menos, deixar de subir, devido a necessidade enorme do governo se financiar, principalmente com a aproximação das eleições. Esperem uma taxa, para este ano ainda, muito próximo dos 12%, independente dos dados de inflação e níveis de atividades.

Os números de inflação divulgados agora pela manhã colaboram para essa visão. A segunda prévia do IGP-M registrou variação de 0,03%, dentro das estimativas, enquanto o IPCA-15 de julho registrou deflação de 0,09%, abaixo da taxa de junho (+0,19%) e também do piso das expectativas.

Hoje é dia de divulgação de balanços lá fora. Goldman Sachs não foi nada bem, com queda do lucro de 82%. Para um banco, isso representa menos crédito na economia e confiança despencando. Ainda haverá divulgação da Apple, Yahoo!, Johnson & Johnson e Pepsico. Particularmente, acho que Apple vem bem, apesar o iPhone 4 complicar a imagem da empresa no longo prazo, agravado pelo fato dela não indicar qualquer interesse em fazer recall ou disponibilizar qualquer pacote de melhoria gratuita.  Os bancos europeus aguardam a divulgação dos resultados dos testes de stress, previstos para sexta-feira, os investidores acompanham a divulgação de números do setor de construção civil nos Estados Unidos. As obras residenciais iniciadas em junho tiveram queda de 5%, abaixo das projeções, que indicavam recuo de 3,2%. Já as permissões para novas construções subiram 2,1% em junho.

Quem pode surpreender aqui no Brasil é o Santander, que vem demonstrando força e apetite por outros bancos. Ele ainda não desistiu de antigos “sonhos” e podemos ter novidades em breve. Vamos aguardar!

É isso..Boa semana a todos...

 

julho 12, 2010

Panorama para o Futuro

Apenas ratificando o resumo que postei um pouco mais cedo.

Câmbio e contas externas

Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 seguiu em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana caiu de R$ 1,90 para R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 caiu de R$ 1,81 para R$ 1,80.
O mercado financeiro alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 47 bilhões para US$ 47,23 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos subiu de US$ 57 bilhões para US$ 58 bilhões.
A previsão de superávit comercial em 2010 caiu de US$ 15,72 bilhões para US$ 15,71 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial seguiu em US$ 7,83 bilhões.
Analistas reduziram ainda a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 35,00 bilhões para US$ 34,65 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.

Pelas projeções dos analistas, Selic deve subir 0,75 ponto porcentual nas reuniões de julho e setembro e 0,25 ponto em outubro; estimativa para o juro no fim do ano cai de 12,13% para 12%

A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central (BC) aponta que chegou ao fim a divisão momentânea do mercado financeiro quanto à possibilidade de que o juro básico da economia possa ou não subir na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, em dezembro. Na pesquisa, a mediana das estimativas para o patamar do juro no fim do ano caiu de 12,13% para 12%. Com o movimento, analistas mostram que passou a prevalecer a estimativa de que o ciclo de aumento do juro atualmente em curso será interrompido após outubro.
Pelas previsões dos analistas, o juro deve subir 0,75 ponto porcentual nas reuniões de julho (para 11%) e de setembro (para 11,75%). Em outubro, o ciclo termina com a última elevação de 0,25 ponto, o que levaria a Selic para 12%. Em dezembro, portanto, o juro segue estável.
Para o fim de 2011, a previsão para o juro básico foi mantida em 11,75%, o cenário é repetido há quatro semanas. Para a Selic média em 2010, analistas reduziram a expectativa de 10,52% para 10,47%, ante 10,44% de quatro semanas antes. Para 2011, a previsão do juro médio recuou de 12,10% para 12,06%. Há um mês, a previsão era de 12%.

PIB e Inflação

A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010, por sua vez não sofreu alteração após 16 semanas de alta. A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ficou em 7,20%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 seguiu em alta de 11,91%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em avanço de 5,00%.
O mercado financeiro também reduziu a previsão para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com o levantamento, a expectativa para a alta do índice de preços acumulada ao fim do ano caiu de 5,55% para 5,45%, ainda em um patamar acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 continuou em 4,80%.
Para a inflação de curto prazo, o mercado reduziu de 0,25% para 0,23% a previsão para o IPCA de julho, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 6 de agosto. Já para a inflação de agosto, o mercado reduziu de 0,35% para 0,34% a previsão.
As estimativas do mercado financeiro para os IGPs, por sua vez, voltaram a cair. A mediana das previsões para o IGP-DI em 2010 recuou de 9,03% para 8,68%, na quarta redução seguida. A previsão é menor do que a vista há um mês, quando estava em 9,12%. Para o IGP-M, a projeção recuou de 9% para 8,89%, sendo que há um mês, o número estava em 9%.
Para 2011, nada mudou em relação ao IGP-DI, que segue em 5% pela décima semana consecutiva. Para o IGP-M, a mediana das previsões oscilou em leve alta, de 5% para 5,01%.
Já para os preços administrados - as tarifas públicas - a expectativa dos agentes seguiu pela sexta semana em 3,60% para este ano. Para o ano seguinte, a expectativa recuou de 4,80% para 4,78%, ante 4,70% de um mês atrás.
Fonte: Agência Estado

Análise Macro da Economia Brasileira

Enquanto no Brasil as contas públicas parecem estar indicando para um quadro mais positivo, apesar da aprovação dos reajustes nos beneficios de aposentadorias, a inflação mantem-se "comportada" e os números ficam cada vez mais atrativos, os mercados internacionais voltaram a sofrer turbulência, com notícias negativas, afetando o real e a bolsa brasileira. Por estas mesmas razões que as IPO's, (Initial Public Offer) foram adiadas e as fusões e aquisições caminham a passos lentos.
 
Politicamente, o Brasil parace estar amadurecendo, com restrição da imunidade parlamentar aprovada em definitivo, apesar de não ser a melhor solução. Na disputa eleitoral as pesquisas ainda são favoráveis a candidata do governo. O candidato José Serra finalmente escolheu seu vice e a Marina continua atrás dos holofotes.