julho 12, 2010

Panorama para o Futuro

Apenas ratificando o resumo que postei um pouco mais cedo.

Câmbio e contas externas

Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 seguiu em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana caiu de R$ 1,90 para R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 caiu de R$ 1,81 para R$ 1,80.
O mercado financeiro alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 47 bilhões para US$ 47,23 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos subiu de US$ 57 bilhões para US$ 58 bilhões.
A previsão de superávit comercial em 2010 caiu de US$ 15,72 bilhões para US$ 15,71 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial seguiu em US$ 7,83 bilhões.
Analistas reduziram ainda a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 35,00 bilhões para US$ 34,65 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.

Pelas projeções dos analistas, Selic deve subir 0,75 ponto porcentual nas reuniões de julho e setembro e 0,25 ponto em outubro; estimativa para o juro no fim do ano cai de 12,13% para 12%

A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central (BC) aponta que chegou ao fim a divisão momentânea do mercado financeiro quanto à possibilidade de que o juro básico da economia possa ou não subir na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, em dezembro. Na pesquisa, a mediana das estimativas para o patamar do juro no fim do ano caiu de 12,13% para 12%. Com o movimento, analistas mostram que passou a prevalecer a estimativa de que o ciclo de aumento do juro atualmente em curso será interrompido após outubro.
Pelas previsões dos analistas, o juro deve subir 0,75 ponto porcentual nas reuniões de julho (para 11%) e de setembro (para 11,75%). Em outubro, o ciclo termina com a última elevação de 0,25 ponto, o que levaria a Selic para 12%. Em dezembro, portanto, o juro segue estável.
Para o fim de 2011, a previsão para o juro básico foi mantida em 11,75%, o cenário é repetido há quatro semanas. Para a Selic média em 2010, analistas reduziram a expectativa de 10,52% para 10,47%, ante 10,44% de quatro semanas antes. Para 2011, a previsão do juro médio recuou de 12,10% para 12,06%. Há um mês, a previsão era de 12%.

PIB e Inflação

A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010, por sua vez não sofreu alteração após 16 semanas de alta. A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ficou em 7,20%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 seguiu em alta de 11,91%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em avanço de 5,00%.
O mercado financeiro também reduziu a previsão para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com o levantamento, a expectativa para a alta do índice de preços acumulada ao fim do ano caiu de 5,55% para 5,45%, ainda em um patamar acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 continuou em 4,80%.
Para a inflação de curto prazo, o mercado reduziu de 0,25% para 0,23% a previsão para o IPCA de julho, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 6 de agosto. Já para a inflação de agosto, o mercado reduziu de 0,35% para 0,34% a previsão.
As estimativas do mercado financeiro para os IGPs, por sua vez, voltaram a cair. A mediana das previsões para o IGP-DI em 2010 recuou de 9,03% para 8,68%, na quarta redução seguida. A previsão é menor do que a vista há um mês, quando estava em 9,12%. Para o IGP-M, a projeção recuou de 9% para 8,89%, sendo que há um mês, o número estava em 9%.
Para 2011, nada mudou em relação ao IGP-DI, que segue em 5% pela décima semana consecutiva. Para o IGP-M, a mediana das previsões oscilou em leve alta, de 5% para 5,01%.
Já para os preços administrados - as tarifas públicas - a expectativa dos agentes seguiu pela sexta semana em 3,60% para este ano. Para o ano seguinte, a expectativa recuou de 4,80% para 4,78%, ante 4,70% de um mês atrás.
Fonte: Agência Estado

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